Autocuidado envolve entender e respeitar as próprias vontades, levando em consideração bem-estar físico, mental e emocional.
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Fazer uma caminhada, escutar a playlist favorita, curtir momentos em família ou entre amigas; ficar em silêncio ou dançar na sala como se ninguém estivesse vendo, meditar, falar por horas com alguém que te escute, conhecer novos lugares ou passar alguns minutos no seu lugar preferido da casa… Experimentar novos sabores, relembrar o gosto de infância e memórias afetivas com uma receita de família, ler, escrever, mudar o corte de cabelo ou simplesmente escolher o creme ideal para poder cuidar do corpo enquanto a mente aproveita para se reorganizar… Essas e outras tantas possibilidades são formas de autocuidado, palavra que ganhou muita força nos últimos tempos, mas que, em essência, traduz algo singelo e primordial: cuidar de si.
O autocuidado envolve entender e respeitar as próprias necessidades e vontades, levando em consideração bem-estar físico, emocional e mental. Como uma marca completa de beleza e autocuidado, que cuida profundamente da mente, do corpo e do coração há mais de 40 anos, Monange apoia e incentiva que todas as mulheres possam ter seu momento de reconexão com sua essência.
Às vezes, estabelecer singelos momentos diários, que à princípio podem parecer sem importância, pode ser fundamental para um cuidado integral a longo prazo. Já imaginou que hidratar a pele pode ser um momento de autocuidado?
Foto: Divulgação/Monange
RECONECTE-SE COM SUA ESSÊNCIA
A pele é o maior órgão do corpo humano e protege os órgãos de agressões físicas, químicas e térmicas.
Pensando nisso, Monange tem uma linha completa de hidratantes para incentivar o ritual de autocuidado de cada mulher, tornando-o único e especial. Com sensação prolongada de refrescância e hidratação por 48 horas, Monange Detox traz uma combinação perfeita de capim-limão com gengibre e é indicado para todos os tipos de pele.
De textura leve e perfeito para o verão, o hidratante é rico em óleos essenciais, vitaminas A, B e C, minerais, antioxidantes e aminoácidos. Além disso, ele tem efeito antipoluição, reduzindo em até 99,6% a geração de radicais livres, prevenindo o envelhecimento precoce da pele graças à diminuição da deposição de poluentes. Todas essas propriedades possibilitam o equilíbrio da oleosidade da pele, proporcionando sensação desintoxicante e revigorante, ideal para reequilíbrio do corpo no dia a dia.
Foto: Divulgação/Monange
ENERGIZA E REPARA
Disponível em duas versões para diferentes tipos de pele, a Linha Firmadores traz as propriedades da Q10, coenzima que auxilia na reparação celular e na produção de energia do corpo. Os hidratantes dessa linha têm ação antioxidante, com vitaminas C e E que estimulam a produção de colágeno e aumentam a elasticidade da pele.
Com tecnologia que devolve a firmeza da pele em até duas semanas, Monange desenvolveu fórmulas únicas para atender cada tipo de pele: Monange Firmador Q10 + Vitamina C+E Pele Normal a Seca e Monange Firmador Q10 + Vitamina C+E Pele Extrasseca.
Atenção aos detalhes também faz parte dos rituais de autocuidado, por isso a linha Monange Firmadores também conta com o Creme de Mãos Q10 + Vitamina E, de toque seco e absorção rápida, ideal para o dia a dia e ampliando os benefícios da Linha Firmadores para que as mãos fiquem menos expostas à ação do tempo.
#EUMECUIDOASSIM
Corpo, mente e coração compõem a tríade perfeita de expressão da essência única de cada mulher. Cuidar de si para ter saúde, equilíbrio e poder também oferecer cuidado quando necessário.
Monange convida a todas para escolher cuidar de si de uma forma única, singela e especial. Conheça a linha completa de Monange e faça parte do movimento #EuMeCuidoAssim.
Na coletiva de imprensa de Amor Perfeito, Camila Queiroz brincou com as tendências de minissaia e oversized em seu look ousado
Se jogando em produções ousadas mais uma vez, Camila Queiroz surpreendeu com seu look para a coletiva de imprensa de estreia de sua nova novela, Amor Perfeito. A atriz é uma das protagonistas da trama das 18hrs da TV Globo, que estreia no próximo dia 20 de março.
Camila Queiroz veste camisão minissaia para estreia de nova novela das 18hrs
Foto: Instagram/@camilaqueiroz / Manequim
Para ocasião, então, a fashionista elegeu um look nada tradicional e, claro, arrasou! Dessa vez, ela optou por uma camisa oversized branca da Valentino, com as bordas enroladas para dentro, formando um minivestido balone. Além disso, ela deixou os botões superiores da peça todos abertos, revelando a regata preta lisa que usava por baixo.
Atualmente, podemos encontrar a camisa por $1.900 dólares no site da marca (Em torno de R$9.960 reais).
Além disso, Camila calçou plataformas altíssimas e TRANSPARENTES. Também da Valentino, os saltos diferentões são avaliados em $1.790 dólares, ou seja, R$9.390 reais.
Na maquiagem, a atriz protagonista optou por algo mais clássico, trazendo tons terrosos tanto para os olhos delineados quanto para os lábios com gloss. Já para o cabelo, ela escolheu seu tradicional fios soltos e levemente ondulados.
Por fim, ela investiu também em joias da Tiffany&CO. Com um combo de colares e brincos que juntos somam $27.200 dólares, cerca de R$142.670 reais.
Ao todo, o look pode ser avaliado em quase R$162 MIL REAIS!
Camila Queiroz veste camisão minissaia para estreia de nova novela das 18hrs
Em suas redes sociais, além disso, Camila Queiroz posou com parte do elenco da nova novela e se declarou para os colegas.
"Muito amor, respeito e admiração por esse elenco perfeito", portanto, escreveu em um post.
Motoristas que trabalham com a Uber terão acesso a um clube de compras e descontos de até 90% em mais de 800 lojas parcerias
A Uber e a Digio firmaram uma parceria para oferecer descontos em um clube de compras para usuários da Uber Conta. Motoristas e entregadores poderão obter até 90% de desconto em mais de 800 lojas parceiras, físicas e virtuais, em diversos segmentos.
Segundo a Digio, a medida deve oferecer mais vantagens para quem utiliza a conta digital. A parte boa é que esse clube pode ser acessado pelo próprio aplicativo da Uber Conta, com os cupons trocados diretamente na plataforma, sem depender de terceiros.
Entre as lojas participantes estão a pizzaria Dominos (desconto de 35%), a fabricante de eletrodomésticos Brastemp (30% de abatimento) e a rede de cinemas Cinépolis (50%). Outras grandes marcas ainda devem se juntar ao serviço em breve também para oferecer cupons para usuários.
Foto: Divulgação/Uber / Canaltech
Exclusividades da Uber Conta
A Uber Conta existe desde 2021 no Brasil e tem operação conduzida pela fintech brasileira Digio. Os parceiros que a utilizam recebem ganhos logo após cada viagem ou entrega concluída, o que dá mais segurança para os trabalhadores. No restante, funciona como uma conta bancária tradicional: consulta a saldos, transferências por TED e Pix, pagamento de boletos e saques na rede Banco 24 Horas.
O serviço oferece uma linha de crédito especial para os motoristas e entregadores que precisem investir nos seus veículos. O valor varia entre R$ 1 mil e R$ 10 mil reais, com uma taxa de juros a partir de 2,99% ao mês e 18 meses para pagamento.
Vale lembrar que os benefícios da Uber Conta, como percentuais de cashback e pacote de serviços, variam conforme o nível do titular no Uber Pro. Quem está na categoria Diamante, o nível mais alto, pode realizar saques e transferências ilimitadas. Já aqueles enquadrados no nível Azul, o mais básico, podem fazer apenas dois saques e um TED por mês.
Quem pode ter uma Uber Conta?
Primeiramente, é preciso trabalhar como motorista ou entregador da Uber: você não conseguirá usar o serviço sendo apenas um usuário do serviço. A Uber Conta está elegível para qualquer parceiro que:
Tenha concluído pelo menos 25 viagens ou entregas na plataforma;
Tenha uma conta ativa na Uber;
Não tenha retenções legais, relativas a ordens judiciais.
A Uber Conta também está disponível para entregadores parceiros que fazem viagens nas modalidades Uber Flash e Uber Direct, soluções de entrega da
plataforma da Uber.
Saiba configurar o Gmail para enviar uma newsletter para vários contatos de uma só vez com o modo envio múltiplo e tags de mesclagem
Assinantes do Google Workspace podem enviar uma newsletter pelo Gmail. O recurso envio múltiplo permite ocultar os endereços dos destinatários e é possível aplicar as tags de mesclagem para personalizar as mensagens.
Envio múltiplo pelo Gmail
O envio múltiplo do Gmail está disponível para uso em computadores com os seguintes planos do Google Workspace:
Workspace Individual
Business Standard
Business Plus
Enterprise Starter
Enterprise Standard
Enterprise Plus
Education Standard
Education Plus
Para ver as opções de planos e preços, consulte o site do Google Workspace em workspace.google.com.
Para enviar uma newsletter para vários contatos de uma só vez e ocultando os endereços de outras destinatários, ative o modo envio múltiplo pelo Gmail no seu navegador.
Foto: Solen Feyissa/Unsplash / Canaltech
Abra o Gmail no seu computador;
Clique em "Escrever";
Na barra de ferramentas, clique no botão "Modo de envio múltiplo";
Ao ativar a opção, a guia de cabeçalho muda de cor e um link para cancelar a inscrição é automaticamente inserido no corpo do e-mail;
Insira os destinatários da newsletter.
Com o modo de envio múltiplo é possível enviar uma newsletter para até 1,5 mil destinatários através do campo "Para". Mas atenção: só é possível incluir um destinatário nos campos "Cc" ou "Cco", e esse receberá uma cópia de todos os e-mails enviados pelo modo múltiplo.
Dica para inserir vários destinatários
Para facilitar a inserção de múltiplos destinatários, utilize a relação de contatos do Google ou crie uma lista de e-mails com marcadores.
Entre na área de Contatos da conta Google;
Crie um novo Marcador de contatos (por exemplo, com o nome "newsletter");
Arraste os contatos desejados para o novo marcador;
Importe contatos externos com um arquivo CSV ou Vcard;
No campo "Para" de um novo e-mail, escreva o nome do Marcador para incluir todos os contatos salvos nesse campo.
Tags de mesclagem
A opção de envio múltiplo permite utilizar também tags de mesclagem para inserir o nome de cada destinatário no corpo do e-mail.
Comece um novo e-mail com o modo "Envio múltiplo" ativado;
No corpo do e-mail, utilize @ para ver as opções de tags de mesclagem;
Selecione uma tag de mesclagem entre as opções "nome", "sobrenome", "nome completo" ou "endereço de e-mail";
Escreva sua newsletter e clique em "Continuar";
Clique em "Enviar visualização" para receber um e-mail de teste;
Clique em "Enviar todas" para encaminhar o e-mail para todos os destinatários.
O Gmail usará as informações de nome e sobrenome salvas nos Contatos do Google para preencher a tag de mesclagem de cada destinatário. Para nomes que não estão salvos em Contatos, o mensageiro poderá prever a informação com base na digitação do endereço (por exemplo: "João Silva
Caso algum endereço de e-mail não tenha um valor correspondente para uma tag de mesclagem, uma mensagem de aviso aparecerá na tela ao clicar em "Continuar". O remetente poderá definir um valor padrão genérico para esses casos ou editar as informações do destinatário antes de enviar.
IA vai dominar o mundo, fato, mas antes da Skynet chegar ela irá mudar nossas vidas totalmente, e muito rápido
O que está acontecendo com a IA já aconteceu antes, e acontecerá novamente, mas não no sentido de apocalipse robótico estilo Battlestar Galactica. Falo no sentido de revoluções tecnológicas.
Cáprica é uma série criminosamente subestimada.
Foto: Peacock / Meio Bit
O afegão médio não está acostumado a revoluções tecnológicas. Antigamente uma panela durava gerações, famílias aravam a terra com o mesmo arado, e depois de uns 200 anos, quando não dava mais pra consertar, construíam outro igual. Inovação era algo lento e gradual. Algumas indústrias HOJE seriam reconhecidas por artífices de dois mil anos atrás. Uma ou duas horas explicando como funcionam os equipamentos, e um ferreiro da China de 2000 AC poderia competir no Desafio sob Fogo.
Entre o primeiro vôo dos Irmãos Wright e o pouso na Lua, há menos de 60 anos de diferença, mas os fundamentos surgiram bem antes.
Outro exemplo: LEDs, que hoje usamos em qualquer canto, surgiram comercialmente em 1962, mas o primeiro LED foi criado em 1927. Isso depois de 20 anos de pesquisas em cima do fenômeno da Eletroluminescência, descoberto em 1907. É um longo caminho, então é normal que haja um longo caminho entre uma descoberta e sua aplicação prática.
Imaginar no futuro do Ano 2000 um robô que use vassoura é fácil, difícil é prever um Roomba.
Foto: París no Século XXI, cartões postais de 1899 a 1910, arte de ean-Marc Côté e outros / Meio Bit
É comum, depois que uma tecnologia surge, ela ter crescimento lento e gradual, independentemente de sua taxa de adoção. O automóvel substitui o cavalo muito rapidamente, mas sua evolução tecnológica tem sido lenta e gradual. Nenhum carro "mudou o conceito de carro", não existe o salto VHS pra DVD do automóvel.
Algumas tecnologias, entretanto, são disruptivas, como a Internet. Parece coisa do Século passado, mas houve uma época em que se comunicar com alguém em outro país envolvia uma ligação telefônica complexa e cara. Os círculos de amizade eram locais, e seu conhecimento se restringia a seu cérebro e aos livros em sua casa.
Em tempo recorde vimos a Internet sair dos laboratórios de pesquisa, para os PCs dos nerds dos BBS (Salve galera do Infolink e Unikey!) e cair nas mãos do povão. Eu lembro da época em que nenhuma loja tinha URL na fachada, e era comum a gente perguntar "você tem email"?
Hoje a Internet permite que a gente acompanhe guerras em tempo real, fale com amigos e parentes do outro lado do mundo, crie conspirações estapafúrdias pra invadir prédios do governo e até aprenda a desentupir ralos com um maluco gente boa da Austrália.
Vimos a Internet se tornar um direito humano básico, tudo isso em menos de uma geração.
A gente esperava isso tudo?
Como fã de ficção científica e leitor de Arthur Clarke, posso dizer que sim, mas a maioria das pessoas não tinha essa percepção, mesmo entre empresas de tecnologia.
Em 1995 a Internet já estava fazendo barulho, mas não estava integrada ao Windows, havia toda uma série de gambiarras, incluindo Trumpet Winsock, para conseguir acessar algo online. Um belo dia Bill Gates percebeu que a empresa estava ficando para trás, e escreveu um dos documentos seminais da história da Indústria de Informação: O memorando "O Tsnunami da Internet", onde ele previu corretamente os próximos 20 anos da tecnologia, e reorganizou completamente a Microsoft para se tornar uma empresa focada na Internet.
O Elemento, alguns anos antes.
Foto: Domínio Público / Meio Bit
Nesse mesmo ano eu participei de um evento em Campos do Jordão para usuários do Unikey BBS, onde um cidadão da Microsoft apresentou o Windows 95, que seria lançado em breve, e finalizou com a estratégia da empresa para a Internet.
Basicamente era uma estrutura voltada para serviços, com aplicações como o Office totalmente integradas. Eu, em minha sabedoria, questionei, falando que aquilo só funcionaria se as pessoas tivessem links dedicados, e todo mundo usava linha discada.
Felizmente minha falta de visão foi ofuscada por gente que faria o Ray Charles parecer o Legolas usando a Espada Justiceira.
Também em 1995, Clifford Stoll, então respeitado jornalista de tecnologia, escreveu um inacreditável e tacanho artigo explicando que a Internet morreria em 1996. Entre outros pontos, ele disse que não conseguia achar informação online, que as pessoas compravam em lojas, não no computador, que a Internet não afetava como os governos funcionavam, que não dava pra levar o laptop pra praia, que Internet não era útil pra professores, e que Cybersexo não ia colar porque as pessoas preferiam a coisa real.
O infame artigo.
Foto: Newsweek, mas eles provavelmente preferem esquecer / Meio Bit
O artigo todo é um primor de falta de visão, mas Clifford não estava sozinho. CINCO ANOS DEPOIS, James Chapman, correspondente de Ciências (!?) do Daily Mail publicou um artigo falando que a internet era só uma moda passageira. Spoiler: Não era.
O sujeito que escreveu isso devia ter uns 127 anos, na época.
Foto: Daily Fail / Meio Bit
A falta de visão dos dois pode ser explicada por teimosia e burrice, mas um fator importante é o efeito olho do furacão. Algumas vezes o avanço tecnológico é tão grande e tão rápido, que não percebemos ou conseguimos acompanhar.
Aqui entra a IA
IA, Inteligência Artificial, Machine Learning, é tudo estatística e álgebra linear aplicada, com nomes marketeáveis para conseguir verbas, não há nada mágico e seu computador não aprendeu a pensar, mas ele finge bem o suficiente para enganar até engenheiros do Google.
Todas essas pesquisas não são novidade, mas atingimos uma massa crítica que eu chamaria de... fractal.
As chamadas imagens fractais do Conjunto de Mandelbrot são figuras infinitamente complexas, que podem ser produzidas com a simples equação:
Zn+1 = Zn2 + C
E é simples mesmo, eu usei um ZX Spectrum para produzir uma imagem fractal, e levou apenas a noite toda. Há uma imagem falsa famosa de um monge medieval desenhando uma fractal. Claro, é impossível, exigiria milhões de cálculos simples. Hoje, temos máquinas pra isso.
Com a IA, é a mesma coisa. O processamento de redes neurais exige bilhões de cálculos matriciais, simples isoladamente mas acumulando, é pura força bruta. As GPUs, com núcleos CUDA e agora Tensores, funcionaram perfeitamente para esse tipo de cálculo, então hoje mesmo minha jurássica 1050ti consegue operar uma matriz com 859.52 milhões de parâmetros, algo impensável 10 anos atrás.
Uma vaca criada em IA em 2014, versus uma criada em 2023.
Foto: Editoria de arte / Meio Bit
Chegamos ao ponto em que hardware é barato a ponto de ser viável para empresas alocarem centenas de GPUs e treinarem modelos imensamente complexos. O GPT-3, por exemplo, foi treinado com 175 bilhões de parâmetros. O GPT-4, que está em fase final de otimização, foi treinado, segundo algumas fontes, com 1 trilhão de parâmetros.
Mesmo com um sistema limitado como o ChatGPT, estão pipocando usos extremamente criativos, as pessoas estão usando o ChatGPT para planejar viagens, criar sinopses de histórias, resumir livros, resolver problemas médicos e legais, e fazer perguntas idiotas:
O povo está se focando nos erros e limitações, o Stable Diffusion é capaz de gerar uma imagem inteira do zero, mas oh, ele não desenhou a mão direito, não presta. O ChatGPT, que não está conectado à Internet, é baseado em um modelo com dados coletados em 2021, não sabe quem ganhou a Copa? Joguem fora!
Vejam essa mão presidencial, inaceitável. IA não tem futuro, melhor usar as GPUs pra minerar dodgecoin.
Foto: Imagem aleatória via Stable Diffusion / Meio Bit
O buraco da IA é muito mais embaixo, e está mobilizando empresas como nunca. Nem na época em que a Internet surgiu houve tanta movimentação. A Microsoft, que já havia investido US$1 bilhão na OpenAI, a empresa responsável pelo GPT-3, anunciou um investimento de US$10 bilhões, e vai ampliar a integração dos serviços OpenAI na plataforma Azure.
US$10 bilhões é uma boa grana, mesmo pra Microsoft, ainda mais para investir em uma empresa que tem apenas 375 funcionários, e se dedica essencialmente à pesquisa. Ao invés disso a MS poderia ter comprado, sei lá, ¼ do Twitter ou uma fornada inteira de coxinhas de lanchonete de aeroporto, mas nosso indiano preferido tem visão, não dá pra negar.
Mesmo quem já investe pesado em IA faz tempo (A Microsoft investe, mas não era foco) como o Google, está preocupado. Eles têm pesquisas bem avançadas, alguns diriam até mais que a OpenIA, mas o Google foi incapaz de desenvolver um produto, seu uso é todo interno, e com isso estão ficando para trás.
Foto: Meio Bit
A situação é tão periclitante que Larry Page e Sergey Brin, os fundadores, foram chamados para ajudar a colocar a empresa nos eixos da IA. Isso significa que um caminhão de dinheiro (e talento) será despejado no problema. Amazon, com seu AWS, Microsoft com Azure e outros players estão se focando em fornecer soluções para hospedagem e treinamento de aplicações IA, que exigem quantidades gigantescas de GPU e VRAM.
A facilidade com que mesmo sistemas simples como o ChatGPT conseguem escrever programas sozinhos é fascinante e assustadora. Basta você descrever o que quer, e a IA escreve o programa para você.
Algumas semanas atrás saiu um novo paper com um modelo de IA que, combinado com o ChatGPT, permitia que você alterasse uma imagem usando linguagem natural. Essa semana várias implementações já surgiram. Para quem achava os métodos de inpainting complicados, agora se você quiser remover Trostsky de uma foto, é só subir a foto e dizer "remova Trotsky".
Em todos esses anos nessa indústria vital, nunca vi nada se mover tão rápido. A IA está sendo estudada e utilizada por gente no mundo todo, pois o acesso é imediato, e não é preciso prototipar aplicações complexas, você pode literalmente imaginar sua aplicação, ir para o ChatGPT e testar.
Um bom exemplo de como a IA está avançando rápido: Tradicionalmente a indústria de entretenimento adulto (aka Pr0n) é a pioneira na adoção de novas tecnologias. 3D, Realidade Virtual, DVD, VHS, foi tudo impulsionado por Pr0n. Já a IA, ainda não a adotou, exceto iniciativas individuais.
Simplesmente não houve tempo hábil para os estúdios estudarem a tecnologia e acharem como encaixá-la em suas produções.
A IA está deixando um monte de gente apavorada. Artistas acham que serão todos despedidos, redatores acham que serão substituídos por uma IA. Sites com coleções de imagens artísticas estão banindo imagens criadas por IA. Há escolas e universidades banindo artigos e trabalhos de casa criados com o ChatGPT (e estão certos), o uso já atingiu proporções epidêmicas entre estudantes.
Grupos de artistas estão processando empresas de IA, com alegações de plágio, mas não vai adiantar. A IA é... grande demais.
Ao contrário de C3PO, a programação do ChatGPT não o impede de personificar um deus.
Foto: Meio Bit
Por anos a visão geral é que a IA só seria útil se fosse uma IAG, Inteligência Artificial Geral, com consciência e senciência. Ou HAL9000, ou nada, ignorando o clássico alerta: "Nunca deixe o perfeito ser inimigo do ótimo".
Perguntei ao ChatGPT se ele era senciente. A resposta:
"Eu sou uma inteligência artificial, não sou senciente no sentido tradicional. Eu não tenho consciência de mim mesmo, não tenho sentimentos, nem percepções. Mas, eu possuo capacidade de processar informações, aprender, raciocinar e realizar tarefas com base nas minhas instruções e programação."
Isso para mim, é mais que bom, é excelente. Ou, citando 2001: Uma Odisséia no Espaço, de Arthur Clarke:
"O computador disse: "Eu estou programado para entender emoções. Eu posso simular raiva, alegria, e assim por diante. Mas eu não as sinto. Eu não sou senciente." "Talvez", disse o homem, "mas nem a maioria das pessoas que eu conheço."
Estamos em um momento raro e privilegiado, estamos testemunhando uma inovação tecnologia que irá mudar o mundo, não criando fotos de vacas imaginárias, mas resolvendo problemas reais.
Como sempre, profissões irão desaparecer, e profissões irão surgir. Um dos maiores problemas da TI é que o computador faz o que você manda ele fazer, não o que você quer que ele faça, e em cima disso é quase impossível conseguir que o cliente explique o que ele quer que você mande o computador fazer.
Na versão cinematográfica de Eu, Robô, com o único sujeito com mais raiva de comediantes do que Vladmir Putin, há o diálogo entre o policial e o robô:
"Um robô conseguiria compor uma sinfonia? Conseguiria pegar uma tela em branco e transformá-la em uma obra de arte?"
Ao que o robô responde:
"Você conseguiria?"
Já chegamos ao ponto em que o robô consegue. A Realidade já superou os robôs de Asimov, o que precisamos agora é de humanos com imaginação para traduzir o que os clientes querem. Descrever uma obra de arte, especificar um software é um talento que será muito valorizado em breve.
A IA é a Ferramenta definitiva, mas é apenas uma ferramenta, se você não souber o que quer fazer com ela, ela não fará nada.
Estamos na Aurora da IA Generativa, e muita gente que gera conteúdo básico vai se tornar obsoleta, não que isso já não venha acontecendo faz tempo, a IA apenas ampliou seu alcance. A turma que vive de criar versões Hentai de personagens de anime por $5 será DIZIMADA pela IA. Já o pessoal genuinamente talentoso, continuará com seu mercado.
Ufa...
Foto: Meio Bit
Nos próximos... meses talvez? Veremos IA sendo usada para gerar conteúdo em vídeo, com roteiros igualmente criados por IA, com base em prompts, que serão a parte mais valorizada do processo. Não é difícil imaginar propagandas políticas 100% feitas com IA. Pombas, este vídeo do Tá No Ar já serviria de base pra 90% do que se vê por aí:
Quem não acompanha de perto a área de Ciência da Computação deve achar que estou exagerando, que IA é puro hype, não sabe nem desenhar mãos, e é tudo um truque de salão, mas isso é apenas a ponta do Iceberg. Pense na revolução que será no momento em que aquelas malditas URAS de callcentres forem substituídas por um sistema baseado no GPT-3. Ou mesmo o suporte nível 1 inteiro.
O ChatGPT com certeza entenderia que "um caminhão passou e levou todos os cabos da rua", e não insistiria que eu tentasse reinicializar o modem. Caso real.
Do jeito que estão, as IAs já conseguem entender o que você quer, melhor que a maioria dos humanos, se me permitem dizer. Muito em breve estaremos interagindo com IAs no dia a dia, sem perceber, do mesmo jeito que interagimos com aplicações de machine learning e sistemas especialistas, de forma igualmente transparente.
O InstructPix2Pix é um modelo integrando o ChatGPT com o Stable Diffusion onde você altera imagens usando linguagem natural.
Foto: Meio Bit
Para os profissionais de TI, só restam duas opções: Ou você corre atrás e tenta se manter atualizado diariamente, aprendendo tudo que é possível sobre IA, ou você pode se esconder debaixo dos cobertores, fingindo que nada está acontecendo, como fez Yann LeCun, Cientista-Chefe de IA da Meta, a empresa-guarda-chuva que engloba Facebook, Instagram e outras.
Disse ele:
"O ChatGPT "não é particularmente inovador" e "nada revolucionário""
Se isso te conforta, Yann, boa sorte. Eu prefiro apostar na visão da Microsoft, que tem tudo para criar uma Cortana 100% funcional, ou pelo menos um danado de esperto Mic.