Aproximadamente um quarto das companhias brasileiras relataram perdas financeiras devido a ataques digitais em 2022, com a maioria relatando casos de roubo de dados, de acordo com uma pesquisa anual realizada pela empresa de segurança Proofpoint.
O levantamento afirma que 78% das empresas brasileiras tiveram, ao menos, uma experiência de ataque de roubo de dados (phishing) por email bem sucedido em 2022, e 23% delas sofreram perdas financeiras como resultado. A empresa não recolheu informações sobre montante dos prejuízos causados pelos ataques.
A pesquisa, realizada também em outros 14 países, identificou que 58% das empresas brasileiras sofreram uma tentativa de ransomware no ano passado, com 46% dos casos sendo bem-sucedidos para os hackers.
Nesse tipo de ataque, os criminosos conseguem impedir que a vítima tenha acesso a dados nos sistemas afetados e cobram pagamento de "resgate" usando criptomoedas ou transações não rastreáveis. Apenas sete em cada 10 companhias recuperaram o acesso aos seus dados depois de pagarem o resgate, segundo o relatório.
Durante os ataques digitais, 91% das organizações atingidas pagaram pelos resgates, e 29% delas o fizeram mais de uma vez. Das organizações afetadas por ransomware no país, 92% tinham uma apólice de seguro para ataques do tipo.
A pesquisa foi feita por meio de questionários e falou globalmente com 7.500 colaboradores e 1.050 profissionais de TI de empresas parceiras. No Brasil, foram entrevistados 500 colaboradores e 50 profissionais de TI também de empresas parceiras.
No ano passado, várias empresas e instituições brasileiras sofreram tentativas de ataques digitais como Americanas, o banco de investimentos BR Partners, Banco Pan, a fabricante de rodas e componentes automotivos Iochpe-Maxion, a empresa de saneamento Aegea e a Agência Nacional do Petróleo (ANP). Somente a Americanas perdeu cerca de 1 bilhão de reais em vendas após o ataque hacker registrado em fevereiro de 2022.
Embora o phishing continue sendo bem-sucedido, muitos hackers intensificaram ataques que usam telefones e sites de phishing criados para simular endereços confiáveis, que contornam a autenticação multifator, segundo a pesquisa.
"Essas técnicas têm sido usadas há anos, mas em 2022 elas foram implantadas em grande escala", disse Rogério Morais, vice-presidente da Proofpoint na América Latina e Caribe, em comunicado à imprensa.
Desenvolvedores alegam que alternativa é mais barata e silenciosa
Invenção dispensa o uso de pás
Foto: © Vortex Bladeless
A startup espanhola Vortex Bladeless criou um gerador de energia eólica um tanto quanto inusitado: em vez de um grande "ventilador" branco, como a maioria do que estamos acostumados, trata-se de um cilindro sem nenhuma hélice acoplada.
Chamado de Vórtez, o aparelho funciona verticalmente, balançando na medida em que o vento passa. Com as vibrações geradas pelo movimento, tem-se a produção de energia.
Segundo a empresa, os primeiros testes do aparato mostraram uma geração de energia 30% mais barata que os aerogeradores com hélice, devido aos baixos custos de instalação e manutenção.
A desenvolvedora também afirma que a tecnologia é capaz de aproveitar localizações em que a geração de vento é menor; normalmente, os geradores convencionais precisam de uma velocidade mínima para conseguir gerar energia.
Além disso, as turbinas sem pá são supostamente mais silenciosas e não ameaçam a vida dos pássaros que voam pela região. A startup afirmou que100 protótipos pré-comerciais, com 85 centímetros de altura cada, já estão sendo testados em diferentes localidades.
O Relógio do Fim do Mundo — do inglês Doomsday Clock — também pode ser chamado de Relógio do Juízo Final ou Relógio do Apocalipse. Trata-se de uma iniciativa criada no final dos anos 1940, quando a ameaça de uma guerra nuclear surgiu no mundo, para servir como um indicativo de que o colapso da humanidade pode estar próximo.
Após a detonação das duas bombas nucleares em Hiroshima e Nagasaki, no Japão, cientistas e especialistas em segurança global criaram o relógio como uma metáfora para indicar a proximidade de uma catástrofe mundial inevitável. A meia-noite do relógio indicaria a chegada deste momento irreversível.
O que é o Doomsday Clock
Em 1945, a organização Bulletin of Atomic Scientists foi criada pelo biofísico Eugene Rabinovitch, contando com o apoio de cientistas respeitados, como os físicos Albert Einstein, J. Robbert Oppenheimer (líder do Projeto Manhattan, considerado o pai da bomba atômica) e Max Born (cujo tranalho foi fundamental ao desenvolvimento da mecânica quântica).
Dois anos depois, o grupo criou o Relógio do Fim do Mundo no contexto de uma corrida armamentista iminente, após o final da Segunda Guerra Mundial, à medida em que Estados Unidos, União Soviética e outros países investiam em tecnologia nuclear com fins militares.
Por dois anos, o Relógio do Fim do mundo permaneceu parado no seu horário inicial: faltando sete minutos para a meia-noite. Foi em 1949, quando a URSS fez seu primeiro teste de uma bomba nuclear, que ele avançou em três minutos, registrando o horário de 23:54.
O relógio possui um simbolismo forte, mostrando para a população global a necessidade urgente da tomada de medidas desarmamentistas. Mas o Doomsday Clock considera, além do risco de uma guerra nuclear, diversos outros fatores que podem levar a humanidade ao “colapso total.”
Entre esses fatores, estão hoje a crise climática, doenças infecciosas, biossegurança e “tecnologias disruptivas” — exemplo deste último item é a disseminação desenfreada de fake news dos anos mais recentes.
A cada ano, um comitê do Bulletin of Atomic Scientist se reúne em janeiro para atualizar o horário, avançando, voltando “no tempo” ou permanecendo com os ponteiros parados. Tudo depende dos acontecimentos globais do ano anterior.
Em 2023, o relógio alcançou seu horário mais próximo da meia-noite, ficando em 23:58:30, noventa segundos antes do momento que marcaria o início do fim da nossa sociedade. O mais distante que ele já esteve das 00h foi em 1991, ano que marcou o fim da Guerra Fria e o fim da União Soviética.
NW-A306 e NW-ZX707 são os novos reprodutores de música da família Sony Walkman; gadgets contam com Wi-Fi para fazer streaming de músicas pelo Spotify, Deezer e mais
Com a evolução dos celulares e smartwatches, aparelhos como iPod e o popular MP3 perderam o sentido. Mas a Sony pensa diferente: nesta quinta-feira (12), a marca japonesa apresentou dois reprodutores de mídias da linha Walkman com Android 12, o NW-A306 e o NW-ZX707. A dupla oferece bateria de longa duração e suporte a apps de streaming, como o Spotify, YouTube, Apple Music e outros.
Sony Walkman NW-ZX707 Foto: Divulgação/Sony / Tecnoblog
A estreia dá um refresco à marca Walkman, que chegou até a aparecer nos discmans da Sony (ai, minha coluna).
Comecemos pelo modelo mais simples e mais acessível, o NW-A306. O grande destaque do lançamento fica pela bateria que promete até 36 horas de reprodução de músicas - ou seja, um dia e meio.
O lançamento segue o mesmo design de um smartphone, com o formato em barra, e pesa 113 gramas. Todavia, a tela mede 3,6 polegadas, quase a metade do display do iPhone 14 e Galaxy S22.
Além disso, o player de música traz vários botões na lateral para controlar tanto o volume quanto a reprodução de músicas sem depender apenas do display.
O armazenamento pode ser de 32 GB ou 64 GB, a depender da escolha do consumidor. Este espaço pode ser ocupado tanto por músicas guardadas em apps de streaming quanto por arquivos em MP3, M4A e demais formatos.
Para a alegria dos audiófilos, o player também reproduz músicas com a qualidade de CD e sem perda de definição.
Para se conectar à internet, o dispositivo traz Wi-Fi 5 com suporte às bandas de 2,4 GHz e 5 GHz. O lançamento ainda conta com Bluetooth 5.0 com suporte aos seguintes códigos: SBC, AAC, LDAC, aptX e aptX HD.
Sony Walkman NW-A306
Foto: Divulgação/Sony / Tecnoblog
Sony Walkman NW-ZX707 traz tela maior
A Sony também revelou um modelo para quem busca algo mais rebuscado: o Walkman NW-ZX707.
Com tela maior, de 5 polegadas, o lançamento segue a mesma proposta. Mas a bateria oferece uma duração menor, de até 25 horas, ao ouvir músicas.
Assim como o NW-A306, a carga dura menos tempo ao ouvir músicas com mais qualidade.
Outra semelhança fica pela presença do amplificador S-Master HX, que ajuda a deixar o som mais limpo sem ruidos e distorções. Mas você também pode usar o Spotify, Deezer, Apple Music e outros apps graças ao Android 12.
https://www.youtube.com/watch?v=nvIL9xhhNwY
Preço e disponibilidade
No Japão, o NW-A306 chegará às lojas com preços a partir de 46.000 ienes, o equivalente a cerca de R$ 1.830 em conversão direta. Este modelo, cabe ressaltar, será comercializado na Europa.
O NW-ZX707 será exclusivo para o Japão. Neste caso, o player vai custar 104.000 ienes (R$ 4.145).
Não há previsão de lançamento dos dispositivos no Brasil.
Em um novo estudo, publicado na revista científica mBio, pesquisadores descrevem os achados e segredos interessantes da região
Vista do cume da ilha de Hunga Tonga -Hunga Ha apai.
Foto: Damien Grouille/Wikimedia Commons/CC BY-SA 4.0)
O aparecimento misterioso de uma ilha, em 2015, no Pacífico Sul, deixou geólogos e vulcanólogos intrigados. Mas, mais do que isso: ofereceu a biólogos e ecologistas a chance de aprender como os ecossistemas começam, com os pioneiros microbianos que colonizam novas terras como esta, antes que plantas ou animais apareçam.
A ilha Hunga Tonga-Hunga Ha apai (Hunga Tonga) não permaneceu por muito tempo — depois de ser formada por uma erupção vulcânica em 2015, foi destruída por outra erupção no início de 2022. Em um novo estudo, publicado na revista científica mBio, pesquisadores descrevem os achados e segredos interessantes da região — que foi explorada durante os sete anos em que existiu.
Na análise, os cientistas relatam evidências sobre uma comunidade inesperada de micróbios na ilha, que metaboliza enxofre e gases atmosféricos — semelhantes a organismos que ocupam habitats muito diferentes, como fontes termais (água subterrânea aquecida) ou fontes hidrotermais (água do que infiltra em uma costa) profundas.
Em um comunicado, o ecologista microbiano Nick Dragone, da Universidade do Colorado, disse que a equipe esperava algo totalmente diferente. “Pensamos que veríamos organismos quando uma geleira recua, ou cianobactérias, espécies mais típicas de colonizadores iniciais – mas, em vez disso, encontramos um grupo único de bactérias que metabolizam o enxofre e os gases atmosféricos”.
Chegada de vida à ilha
Os cientistas coletaram e analisaram 32 amostras de solo da ilha, em superfícies que vão desde o nível do mar até o cume da cratera, com cerca de 120 metros.
De acordo com achados, as plantas colonizaram a ilha rapidamente após sua formação, provavelmente graças a sementes em excrementos de pássaros, mas a equipe de pesquisa se concentrou em analisar as superfícies sem vegetação.
Eles encontraram micróbios como bactérias e archaea em todas as amostras do vulcão, embora esses microrganismos fossem menos diversos do que os micróbios de áreas vegetadas próximas – e muito diferentes.
Segundo os pesquisadores, ter a chance de investigar esse tipo de sistema é raro. Grandes erupções são uma coisa; assistir a um ecossistema de ardósia em branco se desenvolver em uma ilha vulcânica recém-formada é outra.
Ainda mais agora que a ilha foi destruída. “É claro que estamos desapontados com o desaparecimento da ilha, mas agora temos muitas previsões sobre o que acontecerá quando as ilhas se formarem”, diz Dragone.